EXPECTATIVAS À DERIVA

Em movimento, silêncio, me encontro a vagar...

Quem sou eu neste oceano a me afastar?

Sonhos me movem, mas a realidade flutua,

Marcante e fluida, como maré que insinua.

Gosto da paz que na alma se instala,

Na observação constante, onde o mundo se cala.

Às vezes sou fogo que queima no frio,

Às vezes sou gelo em pleno estio.

Às vezes sou brisa, tão morna e calma,

Imersa em reflexões que aquietam a alma.

Às vezes sou tudo, um universo a expandir,

Às vezes sou nada, um vazio a me consumir.

Às vezes sou refúgio, abrigo e proteção,

Às vezes sou sombra, perdida em razão.

Quero fugir desta realidade cruel!

Mas a razão me prende, como grade de ferro ou véu.

O que é liberdade? Pergunto ao vento,

Estamos presos em padrões, num cárcere lento.

Quero ser livre, realmente voar,

Mas neste mundo, é possível sonhar?

Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 01/09/2024
Reeditado em 01/09/2024
Código do texto: T8141793
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