Santidades
Tudo certo,
E tão errado,
Mas todos são inocentes,
Cercado pelos culpados.
Onde tudo é permitido,
Todos condenados,
Por muitos julgados,
Sentenciados a viver silenciados.
Quem grita,
Convence,
A arrogância é atributo,
Sem prejuízo,
A mídia determina o correto,
E loucos,
Desenvolvem seus pensamentos,
Fora deste grande círculo.
Tudo é padronizado,
Tamanho,
O peso ideal,
A estética,
Harmonização facial,
A psicopatia é coletiva,
Um exército de modeladores,
Exigem ao modelado,
Todo tipo de sacrifício.
Corpos sarados,
Almas doutrinadas,
Mentes controladas,
Emoções amordaçadas,
Vícios em telas,
Velas,
Rezas,
Religião partidária,
Que pariu atrocidades,
Inventam a felicidade,
Moldando um estilo a Cristo,
Quase reflexo,
Se tornam a própria santidade.
Ah!
Como seria bom sentir a liberdade do ser,
Mandar todos para a casa do caralho,
“Vão se fuder”!,
Não por falta de educação,
Mas por sentir a ausência do poder do outro,
Sobre você.
Afinal,
A liberdade se baseia,
Na atitude individual,
Na tarefa de fazer o que deve ser feito,
Não pelos outros,
E sim por você.