Do útero ao túmulo
Do útero ao túmulo, a jornada se desdobra.
No espaço entre esses dois acontecimentos, a vida se faz e desfaz.
Entre o primeiro choro e o último suspiro, o tempo tece a trama da vida.
Uma vida que já nasce com data de validade.
Pequenos pés tocam a terra, explorando o mundo.
Cada passo é uma descoberta, uma dança.
Ouvi uma vez que:
“Antes de uma criança falar, ela canta.
Antes de andar, ela dança.”
Entre risos inocentes e sonhos profundos, os anos fluem como rios em seu leito.
Levando consigo momentos e lembranças,
Os (des)amores, os desafios e as alegrias,
Ecos de uma existência cheia de esperanças, medos e incertezas.
O tempo não é clemente e não liga para sonhos não materializados.
Aos que alcançam a longevidade, as rugas marcam a pele,
Cabelos se tornam prata e caem, os passos se tornam lentos,
O fôlego se esvai, e o corpo todo dói.
E o fim se anuncia como uma sentença exata.
Do útero ao túmulo, a vida é uma poesia,
Escrita em linhas de tempo e emoções.
Cada dia uma estrofe, cada experiência um verso,
Num eterno nasce e morre de existências que nunca se repetem.