MARÉ DE CONTRASTES

O que sinto agora, no fundo do meu peito?

Será o mar revolto, em seu eterno despeito?

Ou uma miragem distante, a me confundir?

No íntimo, é o sol que desejo sentir,

Neste vazio sem rumo, a me consumir.

Quero a brisa do mar e seu vento a me redimir.

O sabor salgado do mar, na boca a persistir,

O som das ondas, grave, a expandir,

Brotando das rochas, surgindo na areia,

Quero sentir a maré, sua força que incendeia,

A onda que acolhe, meu corpo a entrelaçar,

E o sol a surgir, após a noite se render.

Desejo a ressaca do oceano, ao meu lado a despertar,

Com o nascer do dia, no horizonte a brilhar.

Olho para a realidade, profunda e sincera,

Entre o desprezo e a felicidade, ela me revela.

Antagonismos que nesta manhã ensolarada se levantam,

Enquanto, de frente ao mar, meus sentimentos se balançam.

Tatiana Pereira Tonet
Enviado por Tatiana Pereira Tonet em 24/08/2024
Reeditado em 24/08/2024
Código do texto: T8136142
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