Projetos e Projéteis
Nesse caminho coletivo seu sigo
Fugindo dos projéteis
Do totalitarismo
Não sou alvo de nenhum projeto governamental
Não leio autoajuda
Apenas o jornal
Sigo a beira do caminho
Sem ter muitos lugares legais pra ir
A solidão é coletiva como devíamos ser
São poucas décadas de respiração
Muitos séculos de solidão
E nada para escolher nas teorias
Todos dos mitos estão mortos
Descansam em paz em berço nobre
Ocupam a atenção popular
Televisão, vida alheia e jogos de azar
A religião sofreu queda
Bolsa de valores
Não somos alvos do projetos
Isso era o que eles planejaram
Amarrados a beira do caminho
Cada um com seus sonhos predadores
Códigos e valores sem raízes
Geram cicatrizes sociais
A discussão desemboca no palavrão
Cada palavra é um veneno
Um agente mordaz
Ligo a televisão para matar o tempo
Um novo projeto de poder nasceu
Quantos lares morrerão para isso
Seremos o cordeiro na pedra do sacrifício
Novamente não tentamos deter
Somos domesticados
Confortavelmente
Não queremos nem saber