DEPOIS DO DEPOIS

A pureza do mistério

com o seu olhar soslaio

nos espreita

a cada instante

e impugna

nossas certezas.

A finitude é o aguilhão

da nossa existência.

Lá no fim,

Depois do depois,

o frio “por que?”

sucumbirá

diante da beleza

da rosa.

O sentido das coisas

está prenhe de vazios

e repleto do nada.

“Os vazios são maiores

e até infinitos”,

e se confessam

à poesia.

Rosalvo Abreu
Enviado por Rosalvo Abreu em 22/08/2024
Código do texto: T8134371
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