Névoa da Alma
No labirinto da mente, onde a dúvida faz sombra,
Véus se desfeitam em reflexos nebulosos,
Pensamentos serpenteiam, sutis e escuros,
E o claro se torna turvo, o certo se torna duvidoso.
Vozeirões na multidão são trovões distantes,
A harmonia, um eco de tempestades,
Onde a unanimidade é disfarce de tormenta,
E a verdade se esconde em estrondos e clamor.
No livro da curiosidade, chamas se acendem,
Mas as palavras são labirintos de ouro,
Procuram simplicidade, mas há espinhos na jornada,
E cada passo é uma dança entre o claro e o escuro.
Cansaço e desilusão entrelaçam minha visão,
Sigo sonhando com um refúgio sereno,
Onde os ventos calmos apontam um caminho novo,
E o passado não é um peso, mas um sopro ameno.
Cada olhar é uma seta, cada gesto, um enigma,
O campo das reuniões se torna um campo minado,
A voz quer se erguer, mas o fardo é pesado,
E na escolha de ficar ou partir, o coração está atado.
Que as brumas da alma sejam suavizadas,
Pois, no fim, a esperança se oculta nas névoas,
E eu sou um viajante perdido, buscando a luz,
Entre as sombras da dúvida e o brilho das estrelas.