Névoa da Alma

No labirinto da mente, onde a dúvida faz sombra,

Véus se desfeitam em reflexos nebulosos,

Pensamentos serpenteiam, sutis e escuros,

E o claro se torna turvo, o certo se torna duvidoso.

Vozeirões na multidão são trovões distantes,

A harmonia, um eco de tempestades,

Onde a unanimidade é disfarce de tormenta,

E a verdade se esconde em estrondos e clamor.

No livro da curiosidade, chamas se acendem,

Mas as palavras são labirintos de ouro,

Procuram simplicidade, mas há espinhos na jornada,

E cada passo é uma dança entre o claro e o escuro.

Cansaço e desilusão entrelaçam minha visão,

Sigo sonhando com um refúgio sereno,

Onde os ventos calmos apontam um caminho novo,

E o passado não é um peso, mas um sopro ameno.

Cada olhar é uma seta, cada gesto, um enigma,

O campo das reuniões se torna um campo minado,

A voz quer se erguer, mas o fardo é pesado,

E na escolha de ficar ou partir, o coração está atado.

Que as brumas da alma sejam suavizadas,

Pois, no fim, a esperança se oculta nas névoas,

E eu sou um viajante perdido, buscando a luz,

Entre as sombras da dúvida e o brilho das estrelas.

Louij Dradane
Enviado por Louij Dradane em 21/08/2024
Código do texto: T8134121
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