Velhos florais
No campo que cansa e dorme, na raíz da flor que extingue, a cor tão cinza de velha.
Flores embelezam de manhã, à tarde, são feias, de sol.
E o canteiro era bonito, de néctar e mel matutino.
Todavia, o chão se seca, sorve a água bem úmida.
Na quentura que enfeia, enruga o tronco, se morre.
Mentiu a cor que vislumbra, o relógio é um vilão.
Florais e homens são belos, na primavera da vida.
Os ciclos se fecham, em Setembros e velórios.
Toda tarde é uma pintura de fim.
Amanhã, vou esboçar um quadro novo, de óleo que dure um dia.
De um sorriso e colorido, o floral só vai morrer um tempo.
No tempo que cansa e dorme...
João Francisco da Cruz