MEMÓRIAS CREPUSCULARES.

As horas da tarde

são crepusculares.

Elas passam,

quase se arrastam

trazendo lembranças,

crianças ao léu,

sabores e sorrisos.

Vez por outra

passa um gato

caminhando lentamente,

embrenhado-se na noite.

Assim, ora alegre,

ora triste,

fico sentado na varanda

e sinto a força

das horas crepusculares.

Entre lágrimas,

espantos e mansidões,

a tarde passa.

Naquela letargia

não sei se sigo ou se volto.

Fico preso nas memórias

das horas crepusculares.

A noite vai chegando

e aí eu me arrisco.

Enlouqueço-me

de luares e poesia.

Peito aberto,

perambulo na escuridão,

cantando novas canções.

Rosalvo Abreu
Enviado por Rosalvo Abreu em 20/08/2024
Reeditado em 20/08/2024
Código do texto: T8133287
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