Labirintos profanos

Acorrentado a desejos incontroláveis,

Prisioneiro de um ego voraz,

Vagando em labirintos profanos,

Em busca de prazeres condenáveis.

A porta larga me chama, sedutora,

Com promessas de deleite e fuga,

Mas sei que sussurra a ruína, encobre a perdição,

Como um barco à deriva, tragado ao vazio,

Ao abismo da dor, à perda da razão.

A tortuosa e estreita me desafia,

Exige renúncia e firme querer,

Mas conduz à luz da almejada vida,

À paz que anseia a alma exaurida.

Cativo de meus vícios e paixões,

Preso à gaiola das ilusões, cruelmente sigo,

E a razão, naufraga em vão, e distancia-me da felicidade,

Mas quem sabe um dia em minhas mãos,

Eu ainda terei as chaves ocultas da liberdade.

Samu Franco
Enviado por Samu Franco em 19/08/2024
Código do texto: T8132405
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