Labirintos profanos
Acorrentado a desejos incontroláveis,
Prisioneiro de um ego voraz,
Vagando em labirintos profanos,
Em busca de prazeres condenáveis.
A porta larga me chama, sedutora,
Com promessas de deleite e fuga,
Mas sei que sussurra a ruína, encobre a perdição,
Como um barco à deriva, tragado ao vazio,
Ao abismo da dor, à perda da razão.
A tortuosa e estreita me desafia,
Exige renúncia e firme querer,
Mas conduz à luz da almejada vida,
À paz que anseia a alma exaurida.
Cativo de meus vícios e paixões,
Preso à gaiola das ilusões, cruelmente sigo,
E a razão, naufraga em vão, e distancia-me da felicidade,
Mas quem sabe um dia em minhas mãos,
Eu ainda terei as chaves ocultas da liberdade.