Ida

Que o fim me abrace, mas não me sufoque, me embale

E me leve para apenas um até breve.

Sem remorso, sem queixa.

A mala que fica é de saudade e a que vai é repleta de

Memória, de riso e de lágrima.

Para quem fica, resta sofrer, quem vai, o alívio de não mais ser.

Ser o que esperam, ser que se sonha.

O corpo é uma bagagem, a roupa do espírito em seu estado mais puro que passa a vida a nos proteger.

A casa deixada,

O casulo abandonado,

A ostra vazia,

A casca rachada,

A partida forçada

O adeus ou até breve.

Que o fim seja leve.

Francineide Lopes
Enviado por Francineide Lopes em 14/08/2024
Código do texto: T8128681
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