Luz do dia

No silêncio do quarto escuro,

O coração desamparado, só murmura,

Uma tristeza que pesa, um fardo,

Esvazia a alma, deixa tudo nublado.

As palavras se perdem, não querem sair,

O vazio consome, é difícil sorrir,

O corpo cansado, sem forças pra erguer,

A cama é refúgio, onde o tempo quer morrer.

A luz do dia parece distante,

O mundo lá fora, irrelevante,

A dor é companheira, fiel e constante,

E o sonho, só um suspiro vacilante.

Mas no fundo do peito, uma faísca talvez,

Esperança escondida, que um dia se fez,

Quem sabe, no amanhã, possa então renascer,

E a alma cansada, finalmente florescer.

Jhonnathan Pereira
Enviado por Jhonnathan Pereira em 13/08/2024
Código do texto: T8128068
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