ALGUNS ESPERTALHÕES

Sou o colo de um amor silencioso

Sou o teor de um silêncio gostoso

Flutuando em meu próprio caminhar

Abruptamente rumo ao mar.

Na selvageria de um amor louco

Busco o silêncio profundo da paz

Naquela primavera intacta multiplicante,

Confiante no líquido poético,

Com seu teor ideal,

Capaz de mergulhar de cabeça e tudo

No gostinho de quero mais.

A busca ainda vive comigo

Apesar de algumas decepções,

Tenho uma face translúcida e abrigo

Em meu próprio ser, as soluções,

De todos os problemas colocados

Em meu caminho por alguns espertalhões.

Rondonópolis – MT, 1997.

* poesia publicada no livro "Êxtase de Dor" em 1999 pela Editora João Scortecci

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 12/08/2024
Código do texto: T8127648
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.