ALGUNS ESPERTALHÕES
Sou o colo de um amor silencioso
Sou o teor de um silêncio gostoso
Flutuando em meu próprio caminhar
Abruptamente rumo ao mar.
Na selvageria de um amor louco
Busco o silêncio profundo da paz
Naquela primavera intacta multiplicante,
Confiante no líquido poético,
Com seu teor ideal,
Capaz de mergulhar de cabeça e tudo
No gostinho de quero mais.
A busca ainda vive comigo
Apesar de algumas decepções,
Tenho uma face translúcida e abrigo
Em meu próprio ser, as soluções,
De todos os problemas colocados
Em meu caminho por alguns espertalhões.
Rondonópolis – MT, 1997.
* poesia publicada no livro "Êxtase de Dor" em 1999 pela Editora João Scortecci