Silêncio da alma
Silenciei a mente, busquei a luz interior,
Sob o manto da lua, à procura do amor.
Do alto da montanha, a alma se desnudou,
A verdade emergiu, a hipocrisia se revelou.
Dizem que o amor transcende e não conhece barreiras,
Mas a sociedade julga, condena e fere.
Rótulos e preconceitos, máscaras cruéis,
Onde a discriminação impera, amarga como o fel.
Idade, cor, raça, classe, um julgamento injusto,
A beleza exterior, um requisito, um padrão.
Se não se encaixa, é alvo de ódio e rancor,
Inveja e maldade, um fardo opressor.
Busco a verdade, não a imposta pelos demais,
Mas a que habita em mim, em meus mais íntimos ais.
Jesus nos ensinou a amar sem condição,
A essência do ser, a verdadeira união.
Os olhos da alma enxergam além da aparência,
A pureza e a grandeza, em sua essência.
O amor não se compra, nem se vende no altar,
É um dom divino, ele nos faz voar.
No silêncio da minha alma, cheguei à conclusão:
O amor não é deste mundo, é pura canção.
Para alcançá-lo, a humildade é a chave,
E a grandeza do coração nos dá essa liberdade.