TINO MISTÉRIO Código do texto: T8124390
Grupo Amar é Preciso
“(convite do nobre poeta Paulo Cesar Ferri Gaspar)”.
3ª Quinta Poética — Amar é Preciso
Tema: Razões do Coração.
Autora: MAKLEGER CHAMAS — O Poeta Louco e Romântico
Vila Nova Jaguaré — SÃO PAULO — Brasil
08-08-2024
TÍTULO: TINO MISTÉRIO
Pense que nas profundezas de um peito amante,
Onde ecoam murmúrios que a razão não entende,
São as vozes do coração, a bater vibrante,
Que ao compasso da vida, divinamente se rende.
Por que ama? Por que vibra? Por que chora?
Perguntando a mente, sem a resposta clara,
Mas é o coração, que simplesmente se aflora,
Seguindo sua jornada, mesmo na dor que ampara.
Pois não há lógica que explique o enigma sentir,
Nem fórmula que desvende esse tal enigma,
Pois o amor é um tino mistério a persistir,
Que no silêncio do peito, encontra o estigma.
Pois as razões do coração são como vento,
Que sopram livremente, sem a destra direção,
Simplesmente nos guiando além do entendimento,
Numa busca incessante pela divina emoção.
E assim seguimos, sem rumo de alma entregue,
Ao tino capricho de um coração sem rédeas,
Pois nessa dança da vida, quem ainda nos rege,
É o amor, com as inesperadas e doces comédias.
Cenário:
Um fim de tarde em uma pequena praça da cidade, onde os amigos Edvânia, Jorge, Cleber, Valdir, Edileusa, Cristina e Nelinho (Makleger Chamas) costumam se reunir.
Eles estão sentados em um banco, conversando sobre o significado do amor e as emoções que ele desperta.
Nelinho, com um caderno nas mãos, parece pensativo, enquanto os outros discutem o tema.
Edvânia: (Pensativa, olhando para o céu)
— Já pensaram como o amor é estranho?
— Às vezes, ele nos faz tão felizes, e outras vezes, ele nos deixa completamente perdidos.
Jorge: (Sorrindo)
— Eu diria que o amor é o maior dos mistérios.
— Não importa o quanto tentemos entendê-lo, ele sempre nos surpreende.
Cleber: (Com os braços cruzados)
— Mas será que precisamos mesmo entender o amor?
— Talvez seja melhor simplesmente senti-lo e deixar que ele nos guie.
Valdir: (Concordando)
— Concordo com o Cleber.
— O amor não, é algo que a gente possa explicar com palavras ou fórmulas.
— Ele é como o vento… a gente só sente, sem saber de onde vem ou para onde vai.
Edileusa: (Suspirando)
— Mas é justamente essa incerteza que torna o amor tão especial, não é?
— Se soubéssemos tudo sobre ele, talvez perdesse a graça.
Cristina: (Rindo)
— Verdade! E quem aqui nunca se perguntou por que amamos alguém, mesmo quando a lógica diz que não deveríamos?
Nelinho:
— (Olhando para o grupo, com um leve sorriso) Vocês estão falando exatamente sobre o que escrevi recentemente.
(Levanta o caderno)
— Um poema que chamei de “TINO MISTÉRIO”.
— Fala justamente sobre isso… sobre como o amor é um enigma que a razão não consegue decifrar.
Edvânia: (Curiosa)
— Ah, então lê para nós, Nelinho!
— Queremos ouvir suas palavras sobre esse mistério.
Nelinho: (Abrindo o caderno e começando a ler)
Pense que nas profundezas de um peito amante,
Onde ecoam murmúrios que a razão não entende,
São as vozes do coração, a bater vibrante,
Que ao compasso da vida, divinamente se rende…
(Nelinho continua a ler o poema inteiro, enquanto o grupo o escuta atentamente, absorvendo cada palavra.)
Cristina: (Após a leitura, com um brilho nos olhos)
— É tão bonito, Nelinho…
— Você capturou exatamente o que todos sentimos, mas não conseguimos expressar.
Jorge: (Com admiração)
— O amor realmente não tem explicação, e seu poema mostra isso de uma forma tão clara…, ou melhor, de uma forma que abraça essa falta de clareza.
Cleber: (Reflexivo)
— Acho que é isso que torna o amor tão poderoso.
— Ele nos leva além do entendimento, nos faz viver intensamente, mesmo quando não faz sentido.
Edvânia: (Sorrindo para Nelinho)
— E a melhor parte é que, mesmo sem entender, continuamos a amar… porque, no fundo, é isso que nos faz sentir vivos.
Edileusa: (Encantada)
— O amor é o nosso “tino mistério”.
— E você, Nelinho, conseguiu transformar esse sentimento em poesia.
Nelinho: (Modesto, mas satisfeito)
— O amor é um mistério para todos nós.
— Escrever sobre ele é a minha maneira de tentar capturar um pouco desse enigma, mesmo sabendo que nunca vou entender completamente.
Valdir: (Concordando)
— E talvez a beleza esteja justamente aí, em não entender.
— Em apenas sentir.
Cristina: (Com um suspiro)
— E continuaremos a sentir, a nos perder e a nos encontrar nesse mistério.
— Que venham mais poemas, Sr. Nelinho!
Nelinho: (Sorrindo)
— Sempre que o coração mandar, eu escreverei.
— Afinal, é ele que rege essa dança da vida.
(O grupo fica em silêncio por alguns momentos, apreciando a simplicidade e a profundidade das palavras de Nelinho, enquanto o sol se põe no horizonte, deixando uma luz suave sobre todos eles.)