ORGULHO FERIDO

 

Escondi o meu sorriso
Na tristeza do meu próximo.
Não alegro-me no luto de família,
Recuso-me dançar em dias de festas.
O coração parto em dois pedaços,
A solidão é como manchas de retratos
Lembranças desenhadas em panos de pratos!

As paredes da casa
Choram as tintas desbotadas,
O piso gelado cobre o corredor
As sombras das luzes apagadas,
O peitoral da janela declara
As lágrimas marcadas nas cortinas,
O ranger das entrada da sala
Filmava teu sonho de menina!

O nevoeiro do lado de fora
Acompanha o vapor de sua boca,
E no apito do trem
Soa a despedida muito louca.
Não houve abraços... Só o olhar no vidro!
Ao longe somente céu e o trilho,
Por dentro o orgulho ferido!

O agasalho não aquece o frio,
Nem a roupa aumenta o calor no corpo.
O sol ainda despontava nas colinas,
Sem o voar dos passarinhos.
As flore banhadas dos orvalhos
Despertavam ainda sonolenta,
Quando a madrugada encontra-se com o dia,
O mar embriaga-se em nostalgia!

 

Celso Custódio
Enviado por Celso Custódio em 07/08/2024
Código do texto: T8123866
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