CONFIDÊNCIAS
O orvalho cai pulverizando
A terra e molhando as flores,
As alegrias das árvores balançam
Todas as suas folhas.
Um ar frio entra pelas frestas
Das janelas,
Saúda o amor como fruta
Da amora!
Desnuda a tua face dando-lhe
Um beijo,
Abraça-te mais forte.
O sol demora a surgir,
A respiração está ofegante,
Lá fora parece um paraíso
Por dentro a alma namora!
A felicidade é a espera
De um momento,
Às vezes o corpo paga
Pelos pensamentos,
Sou ouvido pelas palavras
Que o coração desperta,
Nada melhor do que um jantar
A luz de vela!
Quantas noites amanheci
Em teus braços.
Quantas vezes esperei horas
Para ouvir os teus passos...
Reclamei muitas vezes
Com as estrelas,
Confidenciei com a lua,
Que lançasse ao mar
As minhas queixas!