A dança dos 13 Reis

Nos bastidores da noite profunda,

Em salões onde a luz não alcança,

Dançam sombras, pactos em ronda,

Urdiam seus fios, a mente lança.

Sob mantos de poder e segredo,

Conspiram contra o lume do dia,

Erguem tronos de ouro e medo,

Subjugam almas, destroem a alegria.

Olhos que tudo veem, observam,

Movem-se entre nós como névoa,

Governam com mãos que não cerram,

Mas esmagam com força de pedra.

Nos sussurros da escuridão,

Planejam destinos e quedas,

Invisíveis na multidão,

Controlam as vidas,

as esperanças vedam.

Seres de grande ambição,

Com um riso frio e um olhar vazio,

Costuram o mundo em sua prisão,

Desenham um futuro sombrio.

Mas não há véu que o sol não rasgue,

Nem silêncio que o grito não quebre,

Pois a verdade, mesmo que tarde,

Emergirá, e o poder se verte.

E nas ruínas de seus reinos altivos,

Ergueremos nossos cânticos livres,

Pois enquanto houver corações vivos,

A luz renascerá, sublime.

Lorena Borba
Enviado por Lorena Borba em 07/08/2024
Código do texto: T8123361
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