A dança dos 13 Reis
Nos bastidores da noite profunda,
Em salões onde a luz não alcança,
Dançam sombras, pactos em ronda,
Urdiam seus fios, a mente lança.
Sob mantos de poder e segredo,
Conspiram contra o lume do dia,
Erguem tronos de ouro e medo,
Subjugam almas, destroem a alegria.
Olhos que tudo veem, observam,
Movem-se entre nós como névoa,
Governam com mãos que não cerram,
Mas esmagam com força de pedra.
Nos sussurros da escuridão,
Planejam destinos e quedas,
Invisíveis na multidão,
Controlam as vidas,
as esperanças vedam.
Seres de grande ambição,
Com um riso frio e um olhar vazio,
Costuram o mundo em sua prisão,
Desenham um futuro sombrio.
Mas não há véu que o sol não rasgue,
Nem silêncio que o grito não quebre,
Pois a verdade, mesmo que tarde,
Emergirá, e o poder se verte.
E nas ruínas de seus reinos altivos,
Ergueremos nossos cânticos livres,
Pois enquanto houver corações vivos,
A luz renascerá, sublime.