Sombra e Eco

Em um jardim de sonhos plantados,

Floresce a inveja, sombra disfarçada,

Roubando o brilho das rosas amadas,

Seu verde-olhar, espinho calado.

A ambição, como eco distante,

Reverbera em corações desmedidos,

Busca incessante, sempre avante,

Deixando jardins vazios, floridos.

Na sombra, a inveja sussurra,

Sufoca a beleza que espreita,

Enquanto a ambição murmura,

Promessas de glória desfeita.

O jardim, outrora vibrante,

Sofre em silêncio, aflito,

Sombra e eco, constante,

Esvaem o sonho, infinito.

Mas a luz do sol, persistente,

Espanta a sombra, eco mudo,

Renasce a paz, reluzente,

Num jardim de amor absoluto.

Inveja e ambição, desfeitas,

Perdem-se no vento, dispersas,

E o jardim floresce, perfeito,

Em paz e harmonia, imersas.

Nêrilda Lourenço
Enviado por Nêrilda Lourenço em 05/08/2024
Código do texto: T8122577
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