Sombra e Eco
Em um jardim de sonhos plantados,
Floresce a inveja, sombra disfarçada,
Roubando o brilho das rosas amadas,
Seu verde-olhar, espinho calado.
A ambição, como eco distante,
Reverbera em corações desmedidos,
Busca incessante, sempre avante,
Deixando jardins vazios, floridos.
Na sombra, a inveja sussurra,
Sufoca a beleza que espreita,
Enquanto a ambição murmura,
Promessas de glória desfeita.
O jardim, outrora vibrante,
Sofre em silêncio, aflito,
Sombra e eco, constante,
Esvaem o sonho, infinito.
Mas a luz do sol, persistente,
Espanta a sombra, eco mudo,
Renasce a paz, reluzente,
Num jardim de amor absoluto.
Inveja e ambição, desfeitas,
Perdem-se no vento, dispersas,
E o jardim floresce, perfeito,
Em paz e harmonia, imersas.