Ecos do Silêncio
Tudo está muito escuro,
Mistério e silêncio pairam no ar.
Todas as manhãs são assim,
Minha vida é esse paradoxo.
Estou feliz, mas, ao mesmo tempo,
Surge do nada uma angústia
A incerteza de algo
Uma dualidade que sufoca
Mas, ao mesmo tempo,
Que do resto do mundo me isola
Acreditando em uma segurança mental
Será que é real?
Quero acreditar que sim.
Será que minha visão está turva?
Ou se cultiva uma loucura?
Uma dualidade que me separa
Um vazio preenchido
Por algo desconhecido
Isolado, mas não solitário
Apenas não abastecido.
Acredito que tudo tem um motivo para existir.
Ficar isolado do mundo me aproxima mais de mim.
Preciso me conhecer, saber minhas necessidades,
Para expressar a todos os meus desejos mais profundos.
Sabe aquele menino da infância?
Ele foi absorvido pelo tempo,
E agora, quem sou eu?
Neste universo de dualidades.
Meu sexto sentido agora me diz
Que estou chegando no ponto chave
Mas não sei se estou preparado mentalmente
Talvez eu precise de mais tempo
Ou, segurar a mão de alguém
Para enfrentar o que está a frente
Como um menino de muito mais coragem.
O que me faz feliz é a intuição,
Essa força que guia minha direção.
Às vezes penso em pedir socorro a alguém,
Mas a solitude me curou, e agora sei bem.
Essa metamorfose de menino a homem,
Me dá esperança, como um novo nome.
Somente eu posso minha alma salvar,
Preparando minha mente para a jornada a enfrentar.