SE FOI MAIS UM FILÓSOFO

 

Em uma Taverna escura

e assombrada

morreu um filósofo

de desgosto pela vida

O taberneiro disse então:

– Tinha ele pena do pai

Pena da mãe

Pena dos irmãos

Tinha o filósofo, pena da companheira

mas e de si, teve pena?

Não teve pena alguma,

Morreu indagando a vida

ao invés de vivê-la.

De que serviu tantos por quês?

Pobre homem!

No lugar de seu coração,

fez ninho o faisão

Que com suas cores

Festeja de tantos amores.

Suas ideias são repetidas

pelos corvos

que cantam aos quatro ventos

“Se foi cedo esse filósofo,

teve pena de tudo e de todos

e não guardou nenhuma

pena para si mesmo.”

Dieison William Antunes dos Santos – 30 anos
Enviado por Ilda Maria Costa Brasil em 30/07/2024
Código do texto: T8118505
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