Em solitude e solidão
A cor da luz que vislumbro na floresta
É uma torrente de águas
Que corre a formar um véu
Como as nuvens de poucos gelos do céu
É o lugar onde pretendo morar
Em solitude e solidão
Sem a pressão anímica dos homens
E sem o meu medo
À noite ouvirei apenas o som da cascata
E os assobios das capivaras
Poderei cantar como os pássaros
E me alimentar de abiu
Dormirei numa caverna sem mitos
Aquecido por uma labareda
E verei a luz do dia a me despertar
Livre das correntes e dos malditos pesadelos