Além do amanhecer
Oh! cândida voz ameaçadora!
Que esfria os meus tais nervos
Diante de ti, sou apenas homem!
Que se desfaz numa lama fétida
Para que o meu espírito possa
Se libertar desta triste matéria
Que aprisiona o autêntico ser
Que flui numa forma fluídica
Pois de onde eu vim não há ar
Pra respirar em meus pulmões
E não perde algo como por aqui
Por ser tudo apenas transitório
Como a vida deste corpo carnal
Que se esvai no vazio existencial
Da própria essência tão material
Se oculta um subjacente espírito.