Além do amanhecer

Oh! cândida voz ameaçadora!

Que esfria os meus tais nervos

Diante de ti, sou apenas homem!

Que se desfaz numa lama fétida

Para que o meu espírito possa

Se libertar desta triste matéria

Que aprisiona o autêntico ser

Que flui numa forma fluídica

Pois de onde eu vim não há ar

Pra respirar em meus pulmões

E não perde algo como por aqui

Por ser tudo apenas transitório

Como a vida deste corpo carnal

Que se esvai no vazio existencial

Da própria essência tão material

Se oculta um subjacente espírito.

Déboro Melo
Enviado por Déboro Melo em 23/07/2024
Reeditado em 23/07/2024
Código do texto: T8112975
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