CAZUZA ESTAVA CERTO

“Onde houver burguesia não haverá poesia”

E a luz não resplandecerá nas trevas.

Quando o sol nascer,

Um pássaro já estará

Com a perna quebrada pedindo socorro.

O princípio será apenas

Um ponto que se emerge

Por entre a totalidade do verbo!

E o verbo será Deus.

Então, terei quase certeza

Que o absurdo do nada poder fazer

Para se criar a poesia de fato,

Sem deixar marcas.

A mola mestra do mundo

Se solta e a consequência do momento

É “escrever distraidamente”

Esquecendo o mau cheiro da burguesia.

Uberlândia – MG, 2013

Aires José Pereira
Enviado por Aires José Pereira em 22/07/2024
Código do texto: T8112681
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