CAZUZA ESTAVA CERTO
“Onde houver burguesia não haverá poesia”
E a luz não resplandecerá nas trevas.
Quando o sol nascer,
Um pássaro já estará
Com a perna quebrada pedindo socorro.
O princípio será apenas
Um ponto que se emerge
Por entre a totalidade do verbo!
E o verbo será Deus.
Então, terei quase certeza
Que o absurdo do nada poder fazer
Para se criar a poesia de fato,
Sem deixar marcas.
A mola mestra do mundo
Se solta e a consequência do momento
É “escrever distraidamente”
Esquecendo o mau cheiro da burguesia.
Uberlândia – MG, 2013