As pedras
Elas já não sabem o caminho
Nem ficam mais sonhando no mesmo lugar
Aa calçadas estão vazias
Os muros cada vez mais altos
Beba água para não lhe causarem dor profunda
As pedras já não sabem o caminho
O caminho das pedras têm espinhos
O poço profundo entre dois extremos tem sempre uma pedra no meio do caminho
Os fundamentalistas tem sempre uma nas mãos
E somos pecadores natos
Alvos fáceis então
Ninguém sabe mais o caminho
Não há mapas e nem direção
Somos apenas pedras no sapado da natureza
Frágeis, esculturas inacabadas do tédio divino
As pedras das catedrais medievais escondem muitos segredos
As paredes não falam mas assitem o desespero de um povo perdido que não aguenta mais a escuridão
Ninguém sabe o caminho das pedras
Façamos nosso próprio caminho então
Se não der certo, ao menos tentamos
Que atire a primeira pedra quem nunca expôs seu próprio coração
Acertaram-me em cheio
É o fim da aventura na terra
Jogaram-me num buraco escuro
Com flores e algumas velas
E em cima dele algumas frases clichês escritas justamente, numa pedra:
Ele foi uma pedra no sapato