Poemas Guardados no Fundo da Gaveta
Dos mesmos criadores de "prefiro amar em silêncio", eu prefiro ser poeta em silêncio.
Sim, de fato eu reconheço meu talento.
A verdade é que há uma artista aqui dentro.
Poesias irei expor, mas em secreto, sem o real nome do autor, sem dar informações demais.
Apesar da alma artista, tenho um receio que próximos descubram esse lado nunca revelado.
As palavras e pensamentos que me vem, a profundidade e criatividade, esses sentimentos intensos que velhas lembranças me traz.
Eu prefiro ser poeta em silêncio, porque no silêncio não há julgamentos, perguntas demais, "por que escreveu isso?" "Se sente como? Incapaz?".
Prefiro ser poeta em silêncio, porque no silêncio me concentro mais, no meu interior diferencio amor, paixão, raiva, ódio, dor, felicidade, alegria, paz.
Eu prefiro ser poeta em silêncio, mas também desejo ser reconhecida pelas minhas poesias. Gostaria que vissem a exuberância que ponho nos papéis, uns sinceros demais, outros com certa elegância.
Eu prefiro ser poeta em silêncio, porque no silêncio não há preocupações, pois em certos versos que componho podem tocar corações, como um consolo ou facada, causar progresso ou regressões.
Prefiro me manter em silêncio, pois é nele que desabafo.
Sou fechada e pretendo não me abrir, portanto minhas poesias guardadas ficarão, escreverei em segredo, talvez um dia eu deixarei fora da gaveta e assim lerão.
Talvez um dia saberão o que se passa na minha mente.
De uma jovem poeta, romântica em palavras e em gestos, numa noite quente de verão.
Talvez na praia, campo, castelo, ou um simples banco.
Algum dia esse lado de mim eles verão, na noite de verão.