Rastros

De pegadas, açoite, noite e caminho, são os dias.

E marco de pé e planta, de rastreio e sorrisos, veredas que bem, passei.

Todas, de pequena, passarela, de passaredo e de pau, uma pinguela, um atalho.

E do riacho, da trilha, do pescador e anzol, dos velhos amigos que dormem, amores meus, nunca mais.

Rastro de sangue e sorriso, em peitos feios, tombados, de ruína velha.

E a nuvem bem passageira, miúda e feia de cinza, discreta, vai se tão indo.

Num céu pintado de rosa, e terra que seca a tristeza, só rastro, de um dia, aqui.

Lá na ponta do morro e curva, some em ponteiros, silhueta de saudades.

Papéis amarelos de insistência, retratos feios, uma pintura de diabo, além dos velhos rastros.

Somente rastros.

João Francisco da Cruz