O POETA NÃO VIVE À TOA
O POETA NÃO VIVE À TOA
O poeta não vive à toa...
Tendo missão a cumprir
Exaltar o que em si povoa
E intuir ao que for ruir...
Rabiscando gasta a hora...
Entre os dias e os meses
Só o que resta é o agora
Muitas centenas de vezes...
O que lhe traz o sorriso?
O que lhe causa tristeza?
E o que redige é preciso?
Não enverga à dureza?
Será que todo mundo pensa?
Que tem no sótão um tesouro?
Que nunca retruca a ofensa?
Que nasce em berço de ouro?
Coitado de quem é poeta...
Que não descansa a mente
Que cada lacuna completa
Passando a vida pra frente...
(O POETA NÃO VIVE À TOA - Edilon Moreira, Julho/2024)