A DOR DO POETA

Não desejava compreender o significado dos outros

Em tempos tão caóticos

De princípios distorcidos

Não queria observar além de sorrisos nos lábios e corações aflitos

Não queria perceber a alma corrompida de um corpo bonito,

Que atravessa rapidamente, até atingir o adversário.

Vejo Mentiras evidentes

Por todos os lados

Mas também vejo beleza,

no contemplar de um idoso e seus cabelos grisalhos

Carregando as marcas da vida que viveu.

Sua pele delicada, que revela traços de uma existência,

que somente ele experimentou.

Que fez história e deixou seu legado.

Não desaparecemos quando o espírito se vai

Permanecemos na memória e na vida de alguém de alguma maneira

Deixamos nossa essência,

nossa influência, nossa narrativa..

Vejo, indivíduos, vejo flores, vejo locais...

Locais tão diversos, mas com tantas tonalidades.

Quando me entristeço,

em um horizonte,

vislumbro um feixe de luz Dos raios solares que invadem o mar...

No movimento das ondas, que tocam incessantemente na areia,

Percebo que há dias em que temos o agitado Mar

e logo em seguida vem a tranquilidade

para mostrar que tudo passa tudo se transforma ..

Tudo se torna poesia, tudo se torna cor....

Uma palavra vista e contemplada Nos olhos de um poeta

Que enxerga além do que os olhos veem superficialmente

Que compreende o significado de sentir com amor.