Fulgaz
Somos instantes
Instáveis
Se entendessemos isso, talvez lustraríamos menos os troféus na estante
Que não valem muito
Talvez sairíamos a rua
Deixaríamos a alma nua
E aproveitariamos o piscar de olhos que nos resta
O amanhã é uma invenção dos tecnocratas
A vida pulsa de forma imediata
Somos instantes sem horizonte largo
Uma breve janela na percepção
O antes e o depois é sempre uma escuridão
Somos pequenos
Diminutos
Nesse tempo curto procure abraçar mais
Beijar, conversar, sorrir
É por aí
É assim que podemos ficar
Somos instantes
Por enquanto, estamos aqui