Santa Hipocrisia.

 

No seio da Eclésia, onde a farsa se esconde travestida de “bondade”,

Vivem "santos" de fachada, se mostrando exemplares.

Frequentadores devotos, cumprem sempre a tradição,

Ostentam a santidade em cada prece e oração.

 

Com vozes empostadas e olhares de piedade,

Bradam os mandamentos com eloquente falsidade.

Citam versos bíblicos com muita maestria,

Mas a avareza, inveja e luxuria corroem suas almas dia-a-dia.

 

Nas homilias dominicais, sentam-se nos primeiros bancos,

Exibem arrogantes sua fé, como se fossem os mais consagrados santos.

Apontam os pecados alheios com duras palavras severas,

Escondendo seus próprios erros e vícios nas obscuras trevas.

 

De retorno a seus lares, as máscaras vão caindo.

O monstruoso, cruel e desumano, das trevas vão surgindo.

As esposas, se ajoelham em orações, pedindo a Deus proteção,

Do marido que se aproxima para mais um dia de agressão.   

 

Exploram seus colaboradores com ganância desmedida,

Pagando-lhes indignos salários, uma tristeza de vida.

Sem renúncia, banqueteiam regalada e luxuosamente.

Gananciosos, ignoram os sofrimentos dos queridos entes.

 

Sua filha lhe confessa que grávida está.

Precisa muito de alguém que a possa amparar.

O hipócrita grita, meu Deus, o que faço agora? 

E expulsa sua filha, pois perder sua aparência o apavora.

 

O hipócrita envenena e corrói toda o ambiente,

É um lobo em pele de cordeiro, semeando a discórdia deliberadamente.

O hipócrita mente para si próprio, mas a mentira não perdura.

O tempo revela a verdade, expondo as farsas, maldades e falcatruas.

 

Grande parte da Eclésia, enfim despertou,

Mentiras e podridões por trás das falsas devoções, enfim se confirmou.

Os hipócritas, desmascarados e humilhados,

Foram banidos e da Eclésia extirpados.

 

Ao Hipócrita a frase “faça o que mando e não o que faço” lhe cai bem.

O hipócrita vive de aparência imitando sempre alguém.

Não assume suas mazelas, culpando outros desse mal.

Age com maldade e dolo, achando isso normal.

 

Esta história nos adverte como um lembrete cruel,

Da hipocrisia que corrói a fé e transforma o bem em fel.

Que a verdadeira fé se revele nas ações e no amor,

Não em palavras vazias e ostentação de fervor sem temor.

 

 

Moral da história:

 

A hipocrisia é um mal que corrói a fé e a comunidade. Um verdadeiro cristão deve ser coerente em suas ações e palavras, demonstrando amor, compaixão e justiça em todos os momentos.

 

WALTER FIGUEIREDO
Enviado por WALTER FIGUEIREDO em 09/07/2024
Reeditado em 27/07/2024
Código do texto: T8103277
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