Ninho
O largado vira limpo
Emaranhado de fumaça e vínculo
O cigarro aceso
A poesia ligada
Captada na xícara de café.
No caos não me calo
Funciono torto,
Meio amargo
Meia luz, bagunçado
É assim que me acho.
Trecos ao chão, jogados
Pelas mãos desorientadas
Que, cansadas de tropeçar
Aceitam o encargo
O destino traçado
De viver sem medo do que está embaralhado,
da vida.