Em busca de um reinado.

Eu sei que tento

Ser um humano melhor.

Mas no meu ponto de vista,

Sinceramente sei que tô sem tempo.

A gente tá mais perto da cova

A cada vez que pisca.

Isso é penitência,

Sei o que vivi,

Também pelo que passei.

E mesmo de joelhos,

Não irei pedir clemência.

A regra sempre foi clara...

Quem com fogo queima,

Com fogo será queimado.

Vocês nunca vão entender

Que mesmo trancado,

Aos poucos levanto meu reinado.

Sem sono, em meio a madrugada.

Minha boca se fecha,

Porém, a mente não se cala.

Não faço o que quero,

Faço o que é necessário.

Mesmo que o tempo passe,

Só rezo, pra não ter arrependimento.

A culpa é densa,

Só eu sei o quanto a caneta pesa...

Geralmente me sinto atordoado,

E a caneta fica mais pesada que meu braço.

É um caminho sem volta,

Um trajeto hostil e árduo...

Espero que a frustração de tudo,

Se converta em gana

Pra conquistar o mundo.

Tenho mil e uma cicatrizes,

Feridas que não foram expostas.

Quem dizia me amar,

Acabou me apunhalando pelas costas.

Então, só peço proteção.

Porquê, a desconfiança blindou meu coração.

Se a vida é um jogo

Dobrei minhas apostas,

E demorei a perceber

Que grana nem sempre é a resposta.

E morreria pra viver minha ambição!

Até entender o que de fato queria,

E no processo magoei quem não deveria.

Essa é minha sina,

Conviver com peso da culpa...

E durante essa "madruga"

Eu me pergunto se é tarde

Pra pedir desculpas.

Pra ver se sinto um alívio,

Antes que minha alma sucumba.

Jamais vou me vangloriar por isso.

Também não espero que entendam meu sumiço,

É que correr atrás dos meus objetivos,

É a maneira que encontro

De me sentir mais vivo.

Ainda não tive a vitória,

Mas almejo o sabor da glória.

Busco incessantemente um legado e história pra contar.

Gabriel Atalla
Enviado por Gabriel Atalla em 04/07/2024
Código do texto: T8099433
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