ÚLTIMO ANCESTRAL
Sou o último ancestral
A voz antiga que ecoa por toda a floresta
Me fortaleço com o espírito das árvores
Sou guardião das narrativas e saberes
Testemunha de lutas e glórias
Sou o fio de muitos saberes
Que trança vivências, experiências, histórias
Carrego o passado, o presente e futuro
Fortaleço no povo a memória
Trago nos olhos o brilho da esperança
Nas mãos a sabedoria de quem aprendeu a cuidar
Sou árvore, rio, terra, montanha
Sou espírito
E minha chama nunca se apaga
Sou o ancião de ontem e de hoje
Minha essência é resistência
Minha existência é sagrada.