Diante do Medo

Diante do medo nada mais vejo.

Nem cor, nem sombra...

Nada mais sinto.

nem braços, nem pernas,

nem as fagulhas dos calafrios.

Apenas engulo a saliva seca na garganta

e permaneço contando os segundos

que passam sem tanta pressa.

Diante do medo ninguém me escuta

nem canto, nem grito...

Nada comove.

Nem salto, nem gesto....

Nenhuma desordem,

Prossigo cansado acenando por atenção.

Só me resta agora criar uma conjugação:

Diminutivo Imperfeito da solidão.