TERRAL
Náufrago na vertigem da areia onde caminhei,
abrindo portas no escuro da poeira que atravessei.
E no enguiço, tudo move, pulsa e grita!
O eco rescinde todo cisco do que restou
aclarando ladeiras nas noites de aluguel que dormi,
hábito dos que não se permitem acordar como sol
de tudo aquilo que é.
No deserto aflora fauna e flora,
oásis de um coração verdejante.
chuva corrente, perene, seguindo indícios,
aguando meus passos no horizonte,
apagando vestígios.