A fonte dos desejos
O gosto dos povos que a história não escreveu
Ninguém sabe o aroma do exército que perdeu
As civilizações avançadas
Desde a pedra lascada
Essa voz emudeceu
Desejo a história como uma fonte dos desejos
Cada um com o seu medo do futuro
Matando em nome de Deus
Venerando Prometeu
Traindo como um casto perante uma fêmea lasciva
Nem todos os símbolos são decifráveis
Ainda não entendo as ruas cheia de pessoas em jornais
Não são mais notícias
Sempre é uma má notícia
Desejo a solução disso tudo
Sei que isso é absurdo
Mudar o mundo é quixotesco
Dantesco
Mas, o que seria do mundo sem as utopias irrealizáveis?
Continuar desejando com a espada na mão
Enquanto não somos história
Precisamos evocar a memória
De quem não perdoou seu carrasco
Isso é de fato revolução
Desejo a história como um soldado quer seu lar
Por onde andam os grandes homens?
Ninguém sabe contar
E nisso o tempo vai passando
Tudo vai virando pó
Até não termos mais tempo para desejar.