Síndrome do Domingo à Noite
Na quietude do crepúsculo, a alma pesa,
O domingo se despede, e a tristeza aflora,
Um vazio se instala, como sombra que devora,
E a mente se perde em reflexões sem pressa.
As horas se arrastam, lentas e incertas,
A semana que se inicia parece um fardo,
A esperança se esconde, como um pássaro alado,
E a angústia se entranha, como ervas cobertas.
O relógio marca o tempo impiedoso,
Enquanto a mente vagueia por abismos,
As perguntas surgem, como fantasmas sombrios,
E a vida se encolhe, em seu casulo silencioso.
Síndrome do domingo à noite, cruel e fria,
Um eco da existência, um sussurro de agonia,
Mas talvez, no fundo, seja um chamado à poesia,
Para encontrar significado na melancolia.