Poema da meia-noite

Eu perdi meu caminho

Qual o propósito de um destino?

Será que há uma bela recompensa

No final desta sentença?

Quem é você para dizer o que não sei?

Quem é você para falar sobre o que não tentei?

Ouço vozes a minha direita

Sussurros a minha esquerda

Ambas dizem as mesmas coisas

“Vá e não se importe com as pessoas”

“Eles podem até sorrir

Ao te ver partir

Com um sorridente adeus”

Eles tentaram me parar

Tentaram me controlar

Senti minha vida amargar

Como uma roleta-russa

Eu espero pelo tiro certo

Que me libertará da angústia

Que é…

Quem é você para dizer o que não sei?

Quem é você para falar sobre o que não tentei?

Ouço vozes a minha direita

Sussurros a minha esquerda

Ambas dizem as mesmas coisas

“Vá e não se importe com as pessoas”

A gota de uma lágrima

Tem muito a contar

Quem se interessar pela história

Apenas deixe-a rolar

Uma transparente agonia

Quer saber?

Deixe meu olhar dizer

Dentro dessa imensa escuridão

Ouço uma canção

Não me tire daqui

Eu te imploro pra não me segurar

Pois eu nasci pra voar

Mas um anjo eu não vou me tornar

Espero que não me odeie

Pelo meu singelo “adeus”

Agora me sinto livre

Mas não perto de Deus

Lotús Fantasma
Enviado por Lotús Fantasma em 22/06/2024
Código do texto: T8091473
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