BEM LONGE DO POEMA

 

De nós

Restou-me o

Desbeijar

Delas, as

Que habitam

O tudo do

Tão branco

Do papel,

Esse léu, aqui

Com garrafais

Do imaginar

À queda livre, e

Letras caninas

De se escrever,

Não mais a morder,

Calarem-se e

Ao não dizer,

Caladas vão

A dizerem-se.

Não se entendem

Do amor feitas,

Com efeito,

Sem efeito,

Esse amor,

Nosso amor,

Às linhas 

Emaranha-se.

Sem ter onde,

Ejeto essa mão

 

Pra longe, bem

Longe do Poema.

DA MONTANHA
Enviado por DA MONTANHA em 22/06/2024
Código do texto: T8091104
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