A Ilusão da Lealdade

No jardim das ilusões, onde brilham estrelas,

Caminha o jovem ser, nas sombras se embrenha,

Nas sendas de cristal, sonhos são sentinelas,

Mas seu coração imaturo, ao ódio se empenha.

Oh, mente juvenil, que ao vento se desdobra,

Acreditas que a lealdade é fogo que consome,

Que ao amigo fiel, o rancor mais se cobra,

E na chama do ódio, tua alma se some.

Crês que o amor a um só é rio em correnteza,

Que inunda de fel a terra do vizinho,

Mas a lealdade é árvore de grandeza,

Com raízes no amor, sem espinho daninho.

Imatura visão que no ódio se perde,

Falta-te a sabedoria do sol nascente,

Pois a amizade verdadeira não se mede,

Não propaga trevas, é luz resplandecente.

No teatro da vida, o erro é companheiro,

Mas persistir no rancor é sombra vazia,

A lealdade é farol, no mar traiçoeiro,

Que guia com ternura, sem falsa ironia.

Portanto, jovem ser, cresce em sabedoria,

Abandona os enganos, abraça a paz pura,

Que a lealdade cega só traz melancolia,

E a maturidade é jardim que perdura.

Compreende, então, que o amor é vasto campo,

Onde florescem perdão e compreensão,

E a lealdade madura é como um acalanto,

Que acolhe a todos, sem prisão ou aflição.

Lucas Ferraz Cândido
Enviado por Lucas Ferraz Cândido em 09/06/2024
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