ENTRE O AMOR E ÓDIO

Num campo vasto, onde os sentimentos brotam,

Amor e Ódio, como flores, despontam.

O amor, suave, floresce em luz e calor,

Enquanto o ódio, sombrio, cresce em dor.

Amor, esse lírio puro, de cor vibrante,

Abraça o mundo com seu toque constante.

Nos olhares ternos e gestos de afeição,

Desenha a paz em cada coração.

Ódio, espinho agudo em roseira brava,

Rasga a pele e a alma, em fúria se encrava.

Na sombra densa de um rancor mortal,

Envenena o espírito com seu mal.

Dizem que o ódio é paixão ao avesso,

Um amor que, traído, se perde em seu preço.

Mas, na verdade, são opostos sem par,

Um constrói, o outro só sabe derrubar.

No jardim da vida, escolhas se fazem,

Cultivar o amor, deixar que ele abrace.

Ou, pelo contrário, dar ao ódio lugar,

Permitir que ele cresça, comece a reinar.

Amor é ponte que une, alicerce forte,

Enquanto o ódio é muro, caminho à morte.

Reflete, então, na dualidade do ser,

No que vale mais a pena, em que deves crer.

Amar é verbo que pede dedicação,

É plantio diário, contínua ação.

O ódio é ferida que se abre ao vento,

Cura-se ao lembrar do perdão e do tempo.

Entre amor e ódio, a escolha é tua,

Ambos coexistem sob a mesma lua.

Mas lembra que o amor ilumina e resgata,

Enquanto o ódio consome e, enfim, mata.

Nessa encruzilhada de sentimentos puros,

Que teu coração escolha caminhos seguros.

Que prevaleça o amor, a bondade e o bem,

Pois só assim a vida floresce e vai além.