FUNDAMENTALISMO RELIGIOSO

Em templos erguem muros de ferro e dor,

Fundamentalistas de palavras cortantes,

No nome da fé, travam batalhas

Contra o diverso, o outro, o distante.

Pregam uma verdade de granito,

Intolerante, inflexível, imposta,

Cegos às nuances da vida,

Às cores que a diversidade exalta.

São máquinas de ódio, frias, precisas,

Alimentadas por medo e cegueira,

Transformando crença em guerra,

Espalhando sombra onde havia luz.

O amor, distorcido, vira controle,

A esperança, um grito de guerra,

A fé, um instrumento de dor,

Deixando um rastro de terra arrasada.

Mas sob as ruínas de tanta violência,

Ainda brota a flor da resistência,

O sussurro de uma verdade mais ampla,

De um mundo onde todos têm lugar.

Que o amor, em sua forma mais pura,

Desfaça os muros e cure as feridas,

E que a fé, livre de correntes,

Renasça em corações de paz.