Sussurros da Noite
No silêncio da noite, ela chega furtiva,
A morte, sombra fria, destino que cativa.
Leva as vidas, como folhas caídas,
Deixando corações em pranto, feridas.
Os olhos se fecham, os sorrisos se extinguem,
Memórias viram névoa, que em lágrimas se tingem.
Um suspiro final, um adeus dolorido,
A morte sela o destino, em silêncio contido.
Tristeza infinita nos laços desfeitos,
Saudade que morde, em dias tão estreitos.
No espelho da alma, um reflexo sombrio,
A morte nos sussurra, em tom tão vazio.
O vento traz lembranças de tempos passados,
De vozes e risos agora calados.
No peito, um vazio, um eco constante,
A morte nos toca, de forma marcante.
Mas resta a pergunta, em noite sem fim,
Por que a morte chega, ceifando assim?
Em meio à dor, procuramos sentido,
Num mundo onde o fim é sempre perdido.