A PÓLVORA E A POESIA...
...A PÓLVORA
Sou faísca, sopro, estampido
Sou fagulhas, pó e calor
De um fogo, que nunca é amigo
Decreto fim, causo dor!
Sou clarão das encruzilhadas
Sou medo, aversão e terror
Levanto o pó das estradas
Afeito a morte, sou horror!
Sou o teu respeito, obrigado
Sou de todo mau, senhor
Coagindo, andares errados
Sou o brilho do pó, do desamor!
...A POESIA
Sim, também sou faísca cintilada
Sou todo infinito, em esplendor
Noites, nuvens, estrelas iluminadas
Sob um céu mágico, revelador!
Sou vigília santa em "luarada"
Sou sonhos bons, de teu clamor
A inspiração vindas, nas madrugadas
Pra depois tornar ser, teu sono reparador!
Sou quimeras ditas, belas palavras
Sou quem faz voar, beija flor
A conduzir-se, pelo alcance de suas asas
A ceivar o perfume da mais linda flor!
Sou prosa e verso, guia e teu farol
Sou linimento da alma, luz e frescor
O refrigério posto nos olhos, pós arrebol
...poemas e poesias, sou AMOR!