FÚTIL

Por vezes, lembro de você

Tal como distração leviana

Recordação desinteressante e remota

Obsoleto e mórbido

Como se nem ao menos tivesse vivido

Tão distante indescritível a um tempo conhecido entre nós

As vezes, lembro de você

E um dia, clamei para esquecer, fato improvável

Só não imaginava que lembrar fosse noutro agora

O completo nada

Lembrei e era nada!

Não me entristeci, sei que não estás

E como isso em mim, em ti também será

Um repente de nada.

Te esquecer seria algo

Te lembrar esse ser tão estranho como invisível.

Isso sim é ver o passado.

Maria Mariane
Enviado por Maria Mariane em 04/06/2024
Código do texto: T8078581
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2024. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.