FÚTIL
Por vezes, lembro de você
Tal como distração leviana
Recordação desinteressante e remota
Obsoleto e mórbido
Como se nem ao menos tivesse vivido
Tão distante indescritível a um tempo conhecido entre nós
As vezes, lembro de você
E um dia, clamei para esquecer, fato improvável
Só não imaginava que lembrar fosse noutro agora
O completo nada
Lembrei e era nada!
Não me entristeci, sei que não estás
E como isso em mim, em ti também será
Um repente de nada.
Te esquecer seria algo
Te lembrar esse ser tão estranho como invisível.
Isso sim é ver o passado.