Semeador de sonhos, lanço palavras ao vento

Que em seu destino de fluido elemento

Dá a cada uma a mais secreta direção.

 

Minhas palavras não voltam, passada a infância

Da juventude dos sentidos, jogo da compreensão...

Sendo tão só agricultor, desconheço as sementes

Do continente misterioso onde nunca vou.

 

Fico aqui, na minha solitária propriedade

Sem cercas e sem consistência alguma

Hectares de esperança, semeando idades

Que são milhares e jamais apenas uma.

 

Crédito da imagem: https://cantosecantares.com.br/parabola-do-semeador/