Exercício de vida

Na estrada ainda de madrugada ,

A névoa a encobre;

A névoa me encobre,

Mas logo vem a luz do sol

Fazendo música em si bemol.

Em uma caminhada eu organizo a dor

para que ela machuque menos,

e eu possa então desfrutar

de todos os prazeres pequenos.

A imensidão da vida ás vezes é comprimida

e cada dádiva é então esquecida.

Eu quero céu com arco-íris

Para superar todas cicatrizes.

Eu quero poder cometer e perdoar deslizes,

Talvez assim eu seja assim realmente livre.

Na estrada agora em um dia que já é noturno

já fui e voltei de tantas maneiras.

O ano corre e já estamos junho,

ás vezes o tempo é um vagabundo.

Em uma empreitada para sobreviver

de todos os desafios da realidade,

afundo e transcendo meu ser

que não se abasta com mortalidade.

A profusão da vida emerge de toda contenção

porque dentro de cada um sempre tem um coração.

Eu quero é consumir as belezas das paisagens só olhando,

e também não frear a necessidade de se estar chorando.

Eu quero os tesouros que ninguém almeja,

feliz é quem obtém o que deseja.