NO FIM DAS CONTAS

No fim das contas eu estou sozinho

Como um pássaro que caiu do ninho

E não tem forças para retornar.

No fim das contas ninguém mais se importa

Depois da queda, minha asa ficou torta

Então eu não consigo mais voar...

No fim das contas o futuro é incerto

Eu nunca vi a alegria de perto

Não sei seu cheiro, seu gosto ou sua cor

No fim das contas, vivo a contragosto

E embora haja um sorriso em meu rosto

É só um disfarce para a minha dor.

No fim das contas minha vida é um tédio

Estou aqui no alto desse prédio

Pensando: "será que ainda vale a pena?"

No fim das contas eu sou descartável

Um ser com uma existência miserável

Por que não saio, então, logo de cena?

No fim das contas a conta não fecha

Ser imprestável é a minha pecha

Sinceramente, por que eu nasci?

No fim das contas, sem nenhum alarde

Eu vou partir, antes que seja tarde...

Vai parecer que eu nunca existi...

Weverthon Siqueira
Enviado por Weverthon Siqueira em 26/05/2024
Código do texto: T8071914
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