Transitoriedade da beleza física
Nas curvas e contornos que se moldam,
Nenhum corpo perfeito se eterniza.
Pois, mesmo na beleza que se exalta,
O tempo, implacável, tudo suaviza.
Nenhum ser é dono de uma perfeição,
Pois a beleza é efêmera, passageira.
Aos poucos, o encanto se dissipa,
E a ilusão da perfeição se esvanece inteira.
A terra abraça corpos em sua essência,
Em sua diversidade, um mar de formas.
Não há padrões que definam a beleza,
Pois cada ser é único, sem normas.
O desgosto se desfaz com o tempo,
Através do olhar que busca verdade.
Pois a beleza que perdura é aquela,
Que transcende o corpo, em sua essência.
Portanto, não há corpo que não desapareça,
Nem beleza que não se desgoste aos poucos.
Mas há uma beleza que não se apaga,
A que reside dentro de nós, nos olhos loucos.